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NEABI promove palestra sobre 130 anos da abolição

auditório do campus Rio de Janeiro lotado

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do campus Rio de Janeiro promoveu a palestra intitulada “130 anos de abolição: desafios para o século XXI”, com o objetivo de trazer um debate a respeito das questões raciais, democracia, racismo e desigualdade racial. A palestra aconteceu no dia 24 de maio no auditório da unidade.

O palestrante Renato Ferreira – que é advogado especialista em Direitos Humanos, pesquisador das Relações Raciais e mestre em Políticas Públicas – desenvolveu uma reflexão histórica sobre a situação do negro no Brasil desde a época da colônia até os dias atuais. Além disso, pontuou a situação de desigualdade, a pouca quantidade de pessoas negras existentes dentro das universidades, principalmente as públicas, e em locais de poder, além de explicar e discutir o sistema de cotas.

A apresentação contou com slides e o tema discorrido levantou questões que chamaram a atenção de alunos e dos professores presentes. Segundo Renato, desde o período da abolição faltaram políticas públicas de combate ao racismo e ao racismo estrutural e, além disso, faltou que a sociedade brasileira se importasse com a condição de subjugação e hierarquização do negro.


Renato Ferreira (em pé) junto a alunos e servidores

O palestrante frisou, a pedido de uma das assistentes sociais do campus, Maria Aparecida Miranda, que era preciso entender que a política de cotas é uma política de promoção dos direitos dessas pessoas que são subjugadas. Não necessariamente só pessoas negras, mas todas que vivem essa situação.

Um dos organizadores do evento, o professor de Espanhol Azenclever Bruno disse que ficou extremamente surpreendido com o número de alunos presentes e bastante satisfeito com o interesse que o palestrante despertou em todo o público. “A palestra prendeu a atenção dos alunos, vi muitos olhinhos brilhando. E o professor tem muito conhecimento, trouxe para a gente bastante dados, tanto teóricos de livros, quanto da realidade e isso tornou a palestra muito mais interessante”, comentou ele.

De acordo com Renato, a participação ativa dos alunos na palestra já é um passo para ajudar a transformar a sociedade. Ele orientou que os discentes procurem estudar mais o tema, sejam curiosos, que analisem os veículos de comunicação como a televisão, por exemplo, e que procurem nesses veículos a pessoa negra e onde ela está inserida, qual papel ela está representando e reflitam, questionem o porquê de os negros serem retratados dessa forma até hoje. “É preciso que as ideias sejam difundidas, é preciso falar sobre isso. Dentro de casa, com a família, com os amigos e não permitir, de forma alguma, que isso seja visto como algo natural”, concluiu.  

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