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Campus Pinheiral no movimento “21 Dias de Ativismo Contra o Racismo”

Em adesão ao movimento “21 Dias de Ativismo Contra o Racismo”, o campus Pinheiral promoveu, através do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI), a palestra “Racismo Estrutural e Institucional: Compreendendo a Importância de Identificar e Desconstruir o Racismo no Cotidiano”. A atividade aconteceu no dia 13 de março e reuniu servidores e alunos.

O palestrante do evento foi o professor Denílson Araújo de Oliveira, que é docente do Departamento e do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador do NEGRA (Núcleo de Estudo e Pesquisa em Geografia Regional da África e da Diáspora). Para ele, toda a sociedade deve se engajar no combate ao racismo. “A luta contra o racismo é uma luta de todos, pois ele está estruturado entre nós. O Brasil constituiu seu sistema fundiário, sua divisão do poder, sua estratificação social dentro da ótica do racismo desde a sua colonização. Ele acabou por prescrever o prestígio social”, destacou.

Denílson defendeu que a sociedade pratica o racismo de forma implícita, com formas diversas de estereótipos, preconceito e opressão. Para Denílson, a mudança de postura e reconstrução social deve incluir outras formas de violência como o machismo e a homofobia, não apenas questões raciais. O professor palestrante argumenta que o ponto crucial de mudança é o reconhecimento do problema para que assim se tenha condições de propor soluções.

A representante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) no campus, a pedagoga Sônia de Alcântara, analisa que o racismo no campus Pinheiral guarda uma relação histórica com o território da unidade, uma vez que a sede da instituição foi uma fazenda escravocrata. “É um dever histórico nosso, uma responsabilidade a ser assumida. O racismo só subsiste porque ele se ancora na ignorância e desconhecimento”, esclareceu.

Sônia e Denílson compartilham da visão de que não há soluções fáceis para a questão, é preciso construir múltiplos saberes que permeiem a desconstrução do racismo. Existe, dessa forma, a prerrogativa de se rever, por exemplo, as relações entre servidores, pais de alunos e material didático. Eles defendem que o conhecimento voltado para o assunto deve ser problematizado. “Precisamos constantemente repensar nossas atitudes e ações”, concluiu o palestrante.

O movimento – O “21 Dias de Ativismo Contra o Racismo” traz eventos coletivos por todo o mundo como forma de afirmar o dia 21 de março, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

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