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Docentes participam de mesa redonda sobre métodos de aprendizagem de alunos surdos

Com o intuito de auxiliar os docentes do campus Duque de Caxias, a Coordenação Técnico-Pedagógica propôs a realização da mesa redonda “Estratégias de ensino-aprendizagem e avaliação de alunos surdos”, ministrada pela professora Maria Lúcia Xavier Cavalcante, do Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES). O evento faz parte da Semana de Planejamento de 2019.2 e contou com a participação da diretora-geral, Maria Celiana Pinheiro, e do diretor de Ensino, Rafael Bernini.

Segundo a professora convidada, o principal objetivo do bate-papo foi discutir sobre as inquietações e problemas da sala de aula – considerando as limitações dos alunos, a estrutura das instituições acolhedoras e a formação do docente – a fim de alcançar o sucesso pedagógico no dia a dia.

O campus possui dois alunos surdos e se prepara para acolher o terceiro, todos matriculados no curso Técnico em Manutenção e Suporte à Informática (MSI). Professores partilharam suas experiências e dúvidas a respeito dos métodos de avaliação utilizados com esses alunos.

Maria Lúcia falou sobre a necessidade de reconhecer as especificidades do surdo. “O surdo precisa ser constituído como um indivíduo que tem cultura. Uma cultura própria, um olhar próprio, manifestações culturais e linguísticas, e que, por isso, tem uma linguagem própria”, pontuou.

A professora Priscila de Oliveira, da disciplina de Língua Portuguesa do curso Técnico em MSI, contou que trabalha com os discentes procurando diferenciar o português da Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Pedi para que os dois contassem como chegaram no IFRJ e ali eles começaram a contar em libras”, disse a docente que, a partir daquele momento, propôs que cada um contasse sua história através de um texto, desencadeando um jogo lúdico sobre verbos e os tempos verbais.

Intérprete dos alunos no campus, Ana Caroline Amaro falou sobre o trabalho realizado por ela. “O trabalho realizado com os alunos inclusos precisa da parceria entre intérprete, docente e aluno. Sozinho o interprete não consegue, mas quando ocorre essa triangulação, alcançamos muitos objetivos”, disse. Ana Caroline mencionou, ainda, o bom relacionamento dela com os alunos como um diferencial para a melhor realização do trabalho.

A professora do INES – que cursa sua segunda graduação, em “Letras: Português-Libras” – explicou, em sua colocação aos docentes do campus, que a presença do intérprete como elo de comunicação e mediador é importante: “Mas o professor não pode esquecer que a responsabilidade de ensinar é dele”, enfatizou Maria Lúcia.

Colaboração: Pedro Henrique da Silva Pereira

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