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Palestra debate Justiça Racial na Escola

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, por meio da Diretoria de Diversidade e Ações Afirmativas, em parceria com o Instituto de Defesa da Pessoa Negra (IDPN)  deu início às ações sistêmicas intituladas “Justiça Racial na Escola”. A primeira palestra com os advogados do IDPN aconteceu na tarde de quinta-feira, 11 de maio, no auditório da Reitoria-Centro do IFRJ.

Com o intuito de  promover o combate ao racismo no âmbito escolar, estas ações sistêmicas foram elaboradas conjuntamente com os coordenadores dos Núcleo de Estudo Afro-Brasileiro e Indígenas (NEABI) para toda comunidade acadêmica e para a comunidade externa. 

O IDPN é um instituto que foi criado com o objetivo de promover assistência jurídica à população negra e periférica, atuar para coibir a violência policial e capacitar advogadas e advogados negros, sobretudo na área criminal. 

“É muito importante que a gente comece uma ação sistêmica de combate ao racismo no Instituto Federal, justamente visando o combate ao racismo institucional estrutural que assola nossa sociedade e a gente pode ver que isso acaba entrando no nosso cenário acadêmico, afetando tanto a comunidade interna quanto a externa. É importante prepararmos nosso corpo discente, mas também os docentes, terceirizados, aqueles que convivem conosco para enfrentar essas questões que acabam surgindo. Isso é fundamental para promover a equidade”, disse Jacqueline Gomes Vicente, diretora de Diversidades e Ações Afirmativas (DiDAA).

Compuseram a mesa do evento o reitor do IFRJ, Rafael Almada, e os representantes do IDPN Joel Luiz Costa, Djeff Amadeus e Juliana Sanches.

O reitor Rafael Almada agradeceu a disponibilidade do IDPN em firmar essa parceria. “Temos muito orgulho de tê-los como parceiros. Essa é uma discussão cada vez mais necessária. Às vezes achamos que as discussões já estão superadas e a gente vê o surgimento de casos que fazem a gente perceber que não está solucionada ainda essa questão estrutural que acontece dentro das nossas instituições de ensino”, disse. 

Rafael ainda cumprimentou a Proex por essa construção: “É um trabalho de ‘formiguinha’ que a gente faz, vamos desenvolvendo, envolvendo, chamando as pessoas para participação. É um trabalho difícil, porque às vezes a gente não consegue ter êxito nas ações que a gente desenvolve porque ainda há muita resistência,às vezes por falta de conhecimento, às vezes por entendimentos equivocados, mas temos tentado avançar cada vez mais. Então quero parabenizar à Proex que vem desenvolvendo esse trabalho, dando todo apoio à Diretoria de Diversidades e Ações Afirmativas”, pontuou.

De acordo com o presidente do IDPN, Joel Luiz Costa, o objetivo é construir uma parceria de longo prazo para o desenvolvimento de ações conjuntas, tanto de enfrentamento quanto de elucidação. “Temos o desejo de construir ações não apenas do ponto de vista de capacitação e de enfrentamento às questões que o racismo traz, mas também no processo de formação conjunta no processo que o IDPN faz, pois somos uma instituição que se propõe a auxiliar advogados e advogadas negros e negras a se colocarem no mercado de trabalho. E para o segundo semestre, estamos desenvolvendo cursos preparatórios para a disputa das carreiras jurídicas e para o exame da ordem e temos o desejo de que isso possa ser desenvolvido conjuntamente com o IFRJ”, almeja.

Durante a palestra, os representantes do IDPN falaram sobre situações dentro da escola que configuram injúria racial ou racismo, sobre as atitudes que a escola e as pessoas devem tomar no caso desses crimes e como denunciar. Djeff Amadeus ressaltou que todas as pessoas que trabalham dentro da escola são educadores, não apenas os professores. “E toda educadora ou educador tem que ser anti racista. Dentro da escola, todo mundo é instrumento de transformação da realidade social na luta contra o racismo. A educação anti racista na escola não é só um papel da professora ou do professor e não se resume apenas ao campo da sala de aula. Na verdade, ela é um dever de todos dentro da instituição de ensino”, enfatizou. 

Juliana Sanches explicou o conceito de injúria racial e de racismo de acordo com a legislação e trouxe exemplos reais de casos que aconteceram em escolas que se configuraram em um dos casos. Ela também ressaltou que está orgulhosa da iniciativa do IFRJ com a parceria, por ser ex-aluna da instituição. “Eu me formei em 2009, meio que na transição de Cefeteq para IFRJ. Então para mim é muito especial estarmos aqui e eu saber que essa instituição está realmente comprometida com o enfrentamento e combate ao racismo, tanto na sociedade de maneira geral quanto no ambiente escolar”, disse ela. Outro ponto abordado pela palestrante foi o que fazer quando presenciar ou ser vítima de um caso de racismo.

Ao final, a pró-reitora de Extensão, Ana Luísa Soares, agradeceu a presença dos palestrantes e a troca de informações proporcionada pelo encontro e se colocou à disposição do IDPN para novas ações em função do acordo de cooperação. Relembrou ainda que outras 4 ações como essa já estão planejadas para os campi Duque de Caxias, Nilópolis, Mesquita, São João de Meriti e Arraial do Cabo. As datas e horários serão divulgados posteriormente.

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