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Aluna do IFRJ no mais recente estudo de combate ao coronavírus

Uma aluna do curso de Doutorado do Campus Rio de Janeiro do IFRJ faz parte do mais recente estudo sobre o combate ao coronavirus, que acaba de ser publicado na plataforma internacional BiorXvi.

O trabalho In Vitro Inhibition of Sars-Cov-2 Infection by Bovine Lactoferrin concluiu que a lactoferrina, proteína presente no leite, é capaz de inibir em 84% a infecção Sars-Cov2, agente etiológico da Covid-19.

Caroline Augusto Barros, 26 anos, aluna de doutorado do Programa Multicêntrico de Pós Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular, e que está na metade do curso de Doutorado no Campus Rio de Janeiro do IFRJ, diz que  a lactoferrina é objeto de estudo do grupo de pesquisa há 15 anos, e em 2013 eles começaram a estudar a atividade antiviral contra alguns arbovírus, como o Mayaro, Zika e Chikungunya.

O projeto da atividade da lactoferrina contra o corona vírus foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em colaboração com a Universidade do Estado do Pará (UEPA) e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

A aluna diz que o fato da lactoferrina apresentar atividade contra diversos outros vírus e do atual estudo ter mostrado a inibiçãodo Sars-Cov-2 in vitro são resultados muito promissores e dão esperança de que essa abordagem possa funcionar. Mas, ela lembra que é preciso atentar para o fato de que estudos in vitro são diferentes de estudos in vivo, ou seja, esses estudos foram conduzidos em placas de células infectadas com vírus em laboratório, portanto ainda são estudos preliminares e não garantem que funcionem em humanos. “O próximo passo, que eu considero crucial no avanço desta pesquisa, é o estudo clínico para verificar a segurança e a eficácia da administração da lactoferrina em humanos, e nossos resultados certamente abrem caminho para avançarmos para estudos in vivo”.

Neste trabalho, Caroline é responsável pela produção, preparação e avaliação da estabilidade estrutural da lactoferrina para os testes in vitro. Sobre o estudo, feito parceria entre instituições, a jovem diz que as colaborações entre grupos são sempre bem-vindas, pois sem elas tudo fica mais difícil. “A gente não consegue fazer nada, seja para compartilhar as estruturas de laboratórios das instituições e também a expertise dos pesquisadores são necessárias para o andamento do projeto”.

Com um posicionamento crítico, Caroline lembra que cada cientista que faz parte deste trabalho e de tantos outros estudos que estão tentando ajudar milhares de pessoas faz parte de uma grande equipe que quer solucionar esta pandemia. “Espero que nossos gestores públicos percebam a importância da pesquisa cientifica que historicamente não vem sendo contemplada de maneira efetiva pelas políticas de estado”.

Já estão previstas novas análises in vitro para aprofundar o esclarecimento sobre o mecanismo de ação da proteína.

           

 

 

 

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