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O brilho no olhar do empreendedor

Empreendedorismo é um conceito que se torna mais importante a cada dia no cenário brasileiro, em que a criatividade e a capacidade de administrar o próprio negócio se revelam uma maneira para a realização dos sonhos de cada um. E nessa busca por soluções profissioanis, o auditório do campus Rio de Janeiro recebeu o Professor Genésio Gomes, que ministrou as palestras “A Nova Era do Empreendedorismo Social”, na terça-feira, dia 19 de fevereiro, e “Inovação na Educação na Era do Empreendedorismo”, na quinta-feira, dia 21.

Genésio Gomes é um apaixonado confesso por empreendedorismo e inovação na educação; é idealizador do Células Empreendedoras, programa hoje adotado pelo Ministério da Educação (Setec) e ganhador dos prêmios de Educação Transformadora (Rede Global de Empreendedorismo) e Educação Empreendedora Brasil (Endeavor); Doutor em Ciência da Computação pelo CIN/UFPE e Professor de Empreendedorismo da Universidade de Pernambuco, além de Embaixador da Campus Party na Área de Educação e percursionista do Maracatu Cabra Alada. 

  

A primeira palestra, “A Nova Era do Empreendedorismo Social”, foi direcionada aos discentes e contou com a participação dos alunos da Start up Polimex, que conquistou o 1º lugar na disputa nacional do programa Células Empreendedoras IFs 2018 com um projeto que visa resolver o problema da poluição por plásticos com a produção de polímeros, utilizando fontes de matéria-prima 100% renováveis, para substituição dos plásticos tradicionais produzidos a partir de combustíveis fósseis.

De acordo com os dados apresentados pelo professor Genésio, o Brasil é 69° colocado no ranking de inovação, o que, segundo sua avaliação, é muito preocupante. Genésio salientou a possível extinção do modelo de carreira/emprego que se conhece atualmente, isso acontece por conta dos avanços tecnológicos constantes, que já substituem pessoas em alguns setores de determinados segmentos. “É importante começar a pensar em ser protagonista das resoluções de problemas sociais, e a partir de então gerar renda, sustentabilidade, ou seja, gerar autonomia e desenvolvimento como alternativa para o modelo de carreira/emprego, pois o modelo que conhecemos atualmente está ruindo aos poucos, devido às máquinas, impressões 3D, robótica, que estão tornando mecânico todo o potencial humano”, disse.

O Empreendedorismo Social pode ser definido, de acordo com o professor, em pegar um problema do mundo/sociedade e criar uma solução para ele. Qualquer pessoa pode ter uma boa ideia, mas é preciso ter o espírito empreendedor para colocá-la em prática e, de fato, fazer a diferença. “A sociedade vai continuar cheia de problemas que precisam ser resolvidos, porém, eles não serão resolvidos dentro do modelo de profissão tradicional”, complementou Genésio. 

As Startups são bons exemplos, uma vez que tendem a crescer rapidamente e geram impactos grandiosos, diz o palestrante. Segundo Eric Ries, empreendedor citado por Genésio, “Uma startup é uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”. Fala que pode ser relacionada com a “estratégia do oceano azul”, também apresentada no auditório, que consiste em um conceito de negócios que diz que a melhor forma de superar a concorrência é parar de tentar superá-la. Ou seja, buscar mercados ainda não explorados, chamados de “oceano azul”.

No segundo evento, “Inovação na Educação na Era do Empreendedorismo”, palestra que foi direcionada aos docentes, Genésio surpreendeu com um novo título: “Hackeando a educação na prática”. Segundo ele, o objetivo desta palestra foi mostrar como um professor pode entrar no sistema de ensino, identificar a vulnerabilidade desse sistema, tanto na área de ensino, quanto de pesquisa e extensão e propor alternativas para essas vulnerabilidades, fazendo com que esse sistema de ensino melhore “Temos ferramentas para que os próprios professores proponham essas soluções para o sistema de ensino e possam empreende-las, a fim de se tornar um empreendedor em educação”.

Visando desenvolver o empreendedorismo dentro da instituição, Genésio falou sobre o “Design Thinking”, sobre a diferença entre “estudar” e “aprender”, sobre a “inerente responsabilidade como ser humano para ser humano”. Além disso, pontuou a importância do professor enquanto agente de mudanças culturais. Dentro de sala de aula, o aluno precisa ser o foco, diz. O professor, no seu entender, precisa inovar dentro da educação, não necessariamente dentro do ambiente acadêmico.

Genésio também falou sobre a relação aluno e sala de aula, contando algumas de suas experiências com os discentes fora dela. “Deve-se trabalhar o autoconhecimento, observar os problemas e definir propósitos”, disse. Genésio concluiu com uma pergunta que estimulou o público: “O que lhe traz brilho nos olhos?”

 

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