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Educação e informação como formas de resistência à opressão

O Programa de Educação Tutorial (PET) Conexões e Saberes em Produção Cultural realizou, dia 22 de outubro, o “IX Colóquio de Políticas Culturais da Baixada Fluminense”. Nesta edição, o evento trouxe como tema as resistências aos silenciamentos e opressões que grupos minoritários são vítimas. O Colóquio acontece anualmente e teve sua primeira edição em 2011.

Integraram a mesa de abertura a pró-reitora de Extensão, Cristiane Henriques; o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação Rodney Cezar; o diretor geral do Campus Nilópolis, Thiago Matos; a coordenadora de Extensão, Giselle Lage; o coordenador de Curso do Bacharelado em Produção Cultural, Jorge Caê Rodrigues; e a tutora do Grupo PET Conexões e Saberes em Produção Cultural, Fernanda Piccolo.

Thiago Matos agradeceu aos organizadores do Colóquio e falou sobre a iniciativa de promover um evento ligado à cultura na Baixada Fluminense. “Considero esse Colóquio, no momento atual, em que a gente vive uma desvalorização da cultura, um movimento muito importante, principalmente na Baixada Fluminense. Esse é um espaço que a gente pode refletir o quão importante é a cultura do nosso país e da Baixada”, disse.

Fernanda Piccolo falou sobre a importância da presença dos alunos no evento. Além disso, também comentou sobre a interpretação que parte da sociedade possui, em relação aos eventos do campus. “Passamos por várias situações em que tivemos denúncias de ações que estávamos fazendo, em relação ao que estava sendo produzido aqui. Não se deve, para parte da população e dos governantes, ter o olhar crítico sobre as desigualdades”, enfatizou.

A primeira mesa de palestras foi “Negritudes contemporâneas: afirmação e reconhecimento”. Participaram do debate o gestor da Light e criador do Lab Curta, Raimundo Santa Rosa; a jornalista, produtora cultural, atriz e integrante do Movimento Negro Unificado (MNU), Silvia de Mendonça; a especialista em Gestão de Educação Pública e Educadora Social, Tânia Fausto e, como mediadora, a doutora em Psicologia e docente do IFRJ Campus Nilópolis, Vanessa Andrade.

Os palestrantes falaram sobre o conceito e origem da negritude em várias esferas. Além disso, também trataram da afirmação e reconhecimento da negritude, questões identitárias e religiões de matrizes africanas.

Silvia Mendonça com microfone na mão, em pé

Silvia de Mendonça comentou sobre o Colóquio e a relevância do evento. “A minha impressão, saindo daqui hoje, é a de que a gente está no caminho certo. Porque estamos trazendo a juventude, e a juventude negra em especial, para esse processo de construção de políticas públicas e de um projeto de empoderamento dessa população e dessa juventude. É a juventude que vai dar continuidade àquilo que nós colocamos aqui”, disse.

O aluno do Bacharelado em Produção Cultural do campus, Wallace Custódio, ressaltou alguns momentos. “Achei importante quando eles começaram a falar sobre os cortes, a partir de um contexto histórico. E mais importante ainda, foi a mesa de debates, onde participaram representantes muito importantes para o movimento negro”, explicou.

Wallace Custódio levanta-se na plateia e toma a palavra

Na segunda mesa de palestras, foi escolhido o tema “Resistências aos Silenciamentos”. Participaram do debate o coordenador Municipal de Políticas de Programação de Igualdade de Racial de Mesquita, Cláudio Macalé; a professora, escritora e integrante do MNU, Elaine Marcelino; Altamiro Mirim, da Rádio Novos Rumos; a integrante do coletivo FALA, Alexandra Mércia e o artista e fundador do projeto Aula de Boa, Robnei Bonifácio.

Enquanto as palestras aconteciam, foi organizado a “Feira Preta”, onde estiveram à venda acessórios, bijuterias, roupas e livros. Além disso, foram realizadas, também, oficinas, exposições fotográficas e performances nas salas e no pátio do campus.

 

Colaboração: Raíssa Amaral

 

 

 

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