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Educação Social em Portugal: formação e práticas profissionais

Com a proposta de oferecer capacitação para os educadores sociais do município do Rio de Janeiro, que atuam diretamente na linha de frente da política de assistência social da cidade, foi inaugurada nesta segunda-feira (28/03), a segunda turma do Curso de Extensão para Educadores Sociais, fruto da parceria do IFRJ com a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro. 

A solenidade aconteceu de forma online, com transmissão pelo canal do IFRJ no YouTube, e contou com a participação dos seguintes convidados na mesa solene: o reitor do IFRJ, Rafael Almada; a secretária municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Laura Carneiro; a pró-reitora de Extensão do IFRJ, Ana Luiza da Silva Soares; e representando a subsecretária de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social, Sheila Maria Oliveira, o coordenador de Políticas para a População em Situação de Rua, Valnei Alexandre da Fonseca.

Como palestrante, a convidada foi a professora Ana Cláudia Rodrigues Camões, Educadora Social e coordenadora do Curso de Licenciatura em Educação Social do Instituto de Estudos Superiores de Fafe (IESF) em Portugal, para falar sobre o tema "Educação Social em Portugal: Formação e práticas profissionais". 

Durante as falas da mesa solene, Rafael Almada pontuou a importância de entender que a formação dos Educadores Sociais deve ser uma oferta contínua. “É necessário que a gente entenda o papel do Instituto na contribuição com a Assistência Social. Que esse curso possa promover outros cursos, outras possibilidades. Por isso recebemos com tanto prazer convidados como a Ana Cláudia, que tem experiência com um curso de licenciatura na área. Acho que isso reforça muito o papel e as possibilidades que a gente tem de dar continuidade em outras ações, que a gente pode ampliar e potencializar. É esse o papel do Instituto Federal, fazermos parcerias com prefeituras e com o estado para sermos instrumento de desenvolvimento, pois o IF é uma política de estado que precisa ser cada vez mais fortalecida e dialogar com esses diferentes agentes”, explicou o reitor.

A pró-reitora de Extensão do IFRJ afirmou ser uma alegria poder lançar a segunda turma do curso e destacou que foram feitas adequações para que o curso seja cada vez mais eficiente para os alunos. “Entre esses avanços, vale ressaltar a presença do próprio Instituto Federal do Rio de Janeiro, já que temos professores, que têm projetos de extensão que dialogam diretamente a temática do curso, interessados em que os nossos estudantes também possam estar mais envolvidos. Ou seja, a segunda turma já vem com a nossa experiência adquirida e agora, somada a essa experiência, temos também a comunidade do IFRJ se envolvendo com o curso e a temática”, contou Ana Luísa.

Ela lembrou ainda que estabelecer pontes é uma das funções de uma Extensão ativa e que o IFRJ pôde, com esse evento, proporcionar isso ao trazer a professora Ana Cláudia para fazer a palestra inaugural do curso. “O IFRJ pode, através de uma parceria com a Fafe num acordo de cooperação técnica, e de uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, estabelecer um fluxo de conhecimento. Podemos nos inspirar com experiências exitosas que são realizadas fora do Brasil, aprender com elas, e também mostrar um pouco da nossa realidade para esses parceiros”, pontuou a pró-reitora.

Laura Carneiro, secretária municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, agradeceu a todos na sua equipe e no IFRJ que estão envolvidos no desenvolvimento e concretização do curso e destacou que buscou celeridade na oferta da segunda turma, para que o curso não pare e para que todos os educadores da secretaria tenham a oportunidade de se capacitar. “Essa é uma categoria que, até a primeira turma, não existia, do ponto de vista de formação institucional. Não adianta apenas um nome, não adianta apenas as funções. É preciso que tenham uma formação. E essa formação só foi possível porque o IFRJ conseguiu captar a importância dos Educadores Sociais em qualquer cidade. Não só nas ações de abordagem e acolhimento, mas também nas ações de atendimento, principalmente nos de proteção especial”, destacou.

Valnei Alexandre da Fonseca agradeceu a oportunidade de levar aos educadores que estão na linha de frente um curso de tamanha qualidade pelo IFRJ. “Parabéns, secretária, pela iniciativa e parabéns, reitor Rafael, por estar disposto a somar conosco nessa frente tão importante na política pública do SUS na cidade. Nossos educadores estão muito envolvidos, o primeiro curso foi um grande sucesso e com certeza essa segunda fase vai ser também de grande valia, porque a gente precisa legitimar a qualificação profissional para que a gente tenha, realmente, o alcance necessário para tirar essas pessoas dessa vulnerabilidade extrema na nossa cidade. Grande parte desses educadores fazem parte da minha equipe, diariamente estou com eles nas ruas, e já dá para perceber a aplicação de tudo que eles vêm aprendendo e discutindo nos cursos”, enfatizou o coordenador.

Após as falas da mesa solene, foi realizada uma apresentação com o objetivo de ambientar os cursistas sobre os aspectos gerais e o funcionamento do curso. A apresentação foi feita pela assistente social Paula Caldas, que é uma das coordenadoras do curso, pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

A palestrante, professora Ana Cláudia Rodrigues Camões, finalizou a programação falando um pouco das práticas profissionais dos educadores sociais em Portugal. “A educação social em Portugal é uma área profissional muito relevante e se enquadra no domínio teórico da pedagogia social, onde imperam os princípios da aprendizagem ao longo da vida como condição de uma sociedade mais inclusiva, mais justa e mais solidária. Em Portugal, educadores sociais encontram-se em posição privilegiada para atuar como promotores de desenvolvimento humano junto das pessoas e das comunidades consideradas mais vulneráveis e até suscetíveis de exclusão social. E o campo de intervenção dos educadores sociais portugueses situa-se no campo social, mas sempre com uma intencionalidade pedagógica entre o social e o educativo, daí sermos reconhecidos como profissionais socioeducacionais, profissionais da intervenção socioeducativa”, contou.

Confira aqui a palestra na íntegra ou no vídeo abaixo.

 

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