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Embaixadores a caminho dos EUA

Dois estudantes do IFRJ foram selecionados no Programa Jovens Embaixadores 2022. Trata-se de uma iniciativa oficial do Departamento de Estado dos EUA, coordenado pela embaixada e consulados de todo o país.

O Jovens Embaixadores recebe candidaturas de todo o Brasil, e foram selecionados 50 estudantes para uma viagem no mês de julho, a fim de participarem de um programa de curta duração em solo norte-americano. Allan do Val, do Campus São Gonçalo e Gabriela Veneno, do Campus Rio de Janeiro, fazem parte dessa seleção. 

A projeto de Allan é uma iniciativa de impacto social chamada Minerve-se, que visa reduzir as desigualdades no campo educacional por meio da leitura. O projeto, que busca conectar doadores e beneficiários de livros, hoje está em 65 cidades em 16 estados do Brasil, com acervo de aproximadamente 10.000 livros.

O projeto de Gabriela é uma iniciativa de impacto social chamada Ciclo do Amor (Girl Up), projeto de lei Anti-Pobreza menstrual que apoia simultaneamente as famílias com cestas de alimentos com absorventes, impactando o orçamento dessas famílias e abrindo portas para a educação e o emprego de mulheres e meninas.

Criado em 2002, o Jovens Embaixadores tem como alvo estudantes empreendedores que por meio de iniciativas e ações criativas e inovadoras, sejam elas pequenas ou grandes, gerem benefícios e ajudem a promover o bem-estar social.

Nos Estados Unidos, os selecionados visitam Washigton, D.C., onde participam de oficinas sobre liderança e empreendedorismo, visitam escolas, projetos de empreendedorismo social e se reúnem com representantes do governo dos EUA. Em seguida, o grupo se divide e viaja para diferentes cidades do país e participam de atividades relacionadas ao tema do programa, visitam projetos de empreendedorismo jovem, fazem apresentações sobre o Brasil e fortalecem seu perfil de liderança.

CICLO DO AMOR

Gabriela fala sobre suas expectativas e contextualiza sua realidade.  “A cada passo que dou na minha comunidade, tenho a sensação de que o ambiente ao redor está desmoronando. Ao fazer parte da família jovens embaixadores, terei oportunidades únicas, incríveis e agregadoras, como, realizar ‘networkings’ inspiradores e participar de oficinas sobre liderança e empreendedorismo, que me capacitarão a trazer ensinamentos poderosos para o lugar onde vivo”.

Ela está animada com a viagem, respirar uma cultura diferente e ter contato com outros projetos de empreendedorismo. “Vou me reunir com representantes do governo dos EUA, o que é um grande símbolo de realização pessoal, pois pensei que tal ato era impossível para uma pessoa com as minhas condições alcançar tão nova”.

A jovem embaixadora explica que o Ciclo de Amor é um projeto social idealizado por jovens atuantes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O projeto começou, primordialmente, como pequenas ações de impactos orfanatos, onde foram distribuídas cestas básicas e absorventes ecológicos, além de workshops e oficinas interativas.

E Gabriela tem uma visão bastante inclusiva do mundo em que deseja fazer a diferença. “Um mundo onde meninas e mulheres possuam total direito sobre suas vidas e seus corpos. Logo, temos como objetivo deselitizar o debate sobre Saúde Sexual e Direitos Reprodutivos em ambientes periféricos. Com o intuito de criar um Rio com mais equidade, realizamos conversas, workshops e palestras em creches, escolas públicas e casas de acolhimento sobre temas diversos, como educação sexual, educação menstrual, e ações pontuais como doações de cestas básicas com bioabsorventes, além de protocolarmos um projeto de lei anti-pobreza menstrual em Cataguases-MG e temos o objetivo de levar essa ação para mais lugares”.

O que ela espera desse intercâmbio? “Espero aproveitar ao máximo essa oportunidade, pois sei o quão especial ela é, principalmente quando estamos falando sobre jovens estudantes de instituições da rede pública e que vivem em lugares periféricos, no entanto, mesmo assim tem o sonho de transformar o mundo e as pessoas que residem nele”.

MINERVE-SE

Allan do Val não esconde a ansiedade em conhecer os EUA e os outros integrantes do Jovens Embaixadores e espera uma verdadeira troca de experiências que enriqueça ainda mais seu projeto.

Sobre o Minerve-se, ele diz que a ideia foi de sua atual CEO, Kimberly Dutra. “Ela participou do programa Jovens Embaixadores em 2020, e com base no que aprendeu nas aulas de empreendedorismo social nos Estados Unidos, decidiu criar um projeto de impacto local que envolvesse sua maior paixão: a leitura. Todavia, por conta da pandemia, a operação física foi comprometida. Nesse processo, nos conhecemos e juntamente a mais outros 3 jovens, co-fundamos a Minerve-se em sua estrutura atual - um misto entre um trabalho físico e social, sem barreiras geográficas”.

O embaixador acredita que ao dar acesso à leitura àqueles que mal possuem recursos para necessidades básicas. “Na prática, a Startup Social Minerve-se conecta doadores de livros com beneficiários. Os beneficiários são principalmente pessoas de baixa-renda, aqueles que recebem nossos livros gratuitamente. Já os doadores são pessoas físicas e pessoas jurídicas, que muitas vezes possuem um acúmulo de livros que ficariam em desuso ou seriam descartados. Com isso, transformamos o que se tornaria lixo em conhecimento, em poder”. 

Mas como que essa conexão entre o doador e o beneficiário funciona? “Ela ocorre principalmente por meio dos nossos embaixadores. Os embaixadores são voluntários da Minerve-se engajados na causa educacional espalhados por todo país. Eles são a linha de frente do projeto. Os embaixadores, com a ajuda das coordenações, a parte tática da Minerve-se, realizam as arrecadações locais, armazenam e enviam os livros. Atualmente, contamos com 16 embaixadores ativos”.

Confira AQUI a entrevista de Allan ao programa Bom Dia Rio da Rede Globo

 

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