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Expectativas e prioridades para o IFRJ em 2022

O IFRJ fez a sua escolha, e, com cerca de 40% de votos na consulta realizada, o professor Rafael Almada foi o escolhido, e vai continuar à frente da gestão do Instituto no período de 2022-2026.

Diante de um cenário que se modifica na medida em que novas variantes do vírus da Covid surgem e obrigam governos a reverem protocolos e adiarem a tão aguardada volta à normalidade, como o IFRJ vai enfrentar essa situação? como fica a questão do orçamento para o ano que vem? haverá emendas parlamentares? Rafael responde a essas e outras questões relevantes para a comunidade da Instituição nesta entrevista.

CGCOM - Reitor, quais serão os principais desafios e as prioridades nessa nova gestão?

Rafael Almada - Continuar o trabalho de protagonismo do IFRJ dentro da educação do Estado do Rio de Janeiro. Trabalhamos muito no primeiro mandato a integração do Instituto, fazendo com que fosse mais conhecido, que pudesse estar nas principais discussões sobre o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, em alinhamento com a prefeitura e com o governo do estado, na construção de políticas públicas no âmbito da educação. E não esquecemos o dever de casa: investimos na articulação institucional, na captação de recursos para obras de infraestrutura, terminamos obras que estavam pendentes, investimos na valorização humana, pensando os fluxos dos processos, criando programas de remoção e redistribuição, calendário administrativo da Reitoria, fortalecendo os processos, a qualificação, a capacitação etc. Essa gestão que começa é a continuidade de todo esse trabalho, com aprimoramentos.

CGCOM - Em relação ao orçamento, que há anos se configura em um problema recorrente, como você pretende enfrentar as dificuldades em 2022?

RA- Desde o início da gestão passada já sabíamos dos principais desafios, que erao de resgatar o orgulho dos servidores. Tinha muita demanda de infraestrutura, parque tecnológico necessitando de investimento, e começamos a pensar no aumento do orçamento. Nossa estratégia passa pelo aumento necessário do número de matrículas, e para isso é preciso garantir a infraestrutura para novas salas de aula.

Quero destacar também a nossa atuação na captação das emendas parlamentares, individuais e de bancada, que foram essenciais para complementar o orçamento. Paralelamente, não deixamos de articular junto ao Ministério da Educação para garantir termos de execução descentralizada, que foram vitais para a sequencia das obras que estavam paradas.    

CGCOM - O retorno às aulas presenciais acontece de forma gradual no IFRJ, com previsão de retorno total em março do ano que vem. Mas, diante das incertezas provocadas pelo surgimento de variantes, como a atual (ômicron), como o IFRJ vai lidar com essas dificuldades?

RA - Quem acompanha o IFRJ nas redes sociais, através das notícias em nosso site, sabe de nosso protagonismo em reconhecer o cenário que se avizinhava em 2020, nos primeiros momentos da pandemia, e fomos a primeira instituição a suspender as atividades presenciais.

Todos querem o retorno total, e nós sabemos o quanto é essencial para os alunos voltarem à sala de aula, e também para nossos servidores. Mas também sabemos que se voltássemos todos de uma vez teríamos um impacto muito grande na saúde mental das pessoas.  Por isso trabalhamos com a ciência, com informação, com conhecimento, e traçamos esse retorno gradual. Esse trabalho todo foi realizado por nossas equipes técnicas, na compreensão das relações de trabalho, e nas políticas públicas na área da Saúde, estabelecidas nas nossas cidades e no Estado.

Essa nova variante é fruto da ausência (ainda) da perspectiva de vacinação em alguns países, e todo a população mundial precisa ser vacinada. No IFRJ, a gente precisa garantir que nossa comunidade possa estar na plenitude da vacinação, com todas as doses, porque a ômicron, ainda que com sintomas leves até o momento, é um risco.  

CGCOM - Como será possível combater a evasão escolar, que ficou evidenciada em diversas instituições de ensino?

RA – O retorno gradual já é uma possibilidade de redução das atividades pedagógicas não presenciais. Percebemos as dificuldades desse estudante em casa, com problemas diversos, relativos à conectividade, impactando na possibilidade de participação, influindo diretamente no rendimento dele. Sabemos que isso é muito ruim. O resultado, é claro, não foi positivo no tocante à evasão escolar.

Precisamos trabalhar o retorno efetivo total. Teremos as monitorias acadêmicas, que é o que a gente precisa para que esses estudantes possam recuperar ao menos parte do que foi perdido, e estabelecer complementação da formação envolvendo nossos técnicos, nossos professores, na garantia do conteúdo para nossos estudantes.

CGCOM - Sua candidatura a reitor mais uma vez enfatizou a importância do trabalho conjunto, vide seu slogam de campanha. Na prática, como é possível trabalhar de forma conjunta? como você entende a gestão participativa?

RA – Sendo um ex-aluno do Instituto, vivenciei muitas dificuldades, e por isso penso sempre em trabalhar na gestão com essa relação direta com os estudantes. Sempre tivemos uma ideia de integração única, pois para mim o IFRJ é muito mais do que um campus ou outro, precisamos cada vez mais de uma integração em nossas políticas institucionais.

Rafael à frente de um backdrop do IFRJ

Nunca deixamos de dialogar com as pessoas, a presença do reitor nos espaços dos campi, o projeto ‘Diálogos com o reitor’, foram essenciais para essa escuta. Isso gera resultados e oportunidades de corrigir procedimentos, viabilizando uma gestão participativa por excelência. Foi possível mudar aquela imagem do reitor distante, com quem não se pode conversar, fomos de encontro a esse tipo de concepção errônea. Por isso me esforcei para fazer uma gestão muito próxima de alunos e servidores.  O 'Café da Manha com o reitor', por exemplo, vamos retomar.

CGCOM - Como será a relação com os campi?

RA - Sempre estivemos muito próximos aos campi. Hoje trabalhamos numa forma de isonomia, oportunidades iguais, vamos redobrar esse cuidado

CGCOM - Quais são os planos iniciais para as obras nas unidades?

RA - Criamos um plano de investimento, obras e infraestrutura. Vamos lançá-lo ainda este mês. Isso vai gerar oportunidade para se pensar em cada unidade, o que a gente precisa ainda investir, para ampliar, para integrar e gerar mais alunos em cada campus. O que a gente mais quer é que as unidades possam ter melhorias em bibliotecas, refeitórios, salas, melhores espaços para os servidores, novos espaços para sala de aula, laboratórios etc. E tudo será discutido com cada campus.

CGCOM - Emendas parlamentares. O que esperar para 2022?

RA – Já conseguimos emenda de bancada para 2022. Foi um trabalho feito  durante a campanha. Já estávamos trabalhando com articulação institucional. Aliás, a própria criação da Diretoria de Articulação Institucional foi essencial nesse processo de construção de uma perspectiva de captação de recurso para complementar o orçamento.

rafael ao lado da deputada benedita da silva
Com a deputada federal Benedita da Silva

Vamos investir na integração com outras instituições, ampliar as oportunidades para que possamos, dentro desse alinhamento com os deputados, melhorar cada vez mais o cenário.  A ideia é que possamos dar o retorno ao deputado, mostrar tudo que fazemos, e é importante salientar que  a gente não tem cor, a gente não tem partido, a gente não tem ideologia, a gente dialoga com todos os representantes do povo no congresso nacional. Ate porque, as emendas parlamentares não são dinheiro do deputado, trata-se de dinheiro da população, do cidadão, que merece investimento nas mais diferentes áreas.

CGCOM- Em relação ao prédio da Reitoria no Centro do Rio, existe alguma previsão de ocupação das instalações? 

RA - Sim, precisamos finalizar as obras. Ter condições ambientais para que os espaços possam ser ocupados. Então, o foco agora é instituir um representante direto no prédio da Reitoria na Buenos Aires, que vamos chamar de prefeito da Reitoria. Ele vai acompanhar cada resultado, cada obra, e fazer o planejamento.Finalizaremos o projeto de reforma completo e teremos então um calendário para, enfim, conseguirmos o recurso para fazer este investimento. O foco será tal para que possamos ocupar enfim este espaço e sairmos da Praça da Bandeira.

CGCOM - Diante de um novo cenário mundial nas relações de trabalho, provocado pela pandemia, o que o servidor do IFRJ pode esperar na sua gestão? o que você pensa do trabalho remoto?

RA - Nosso trabalho é pautado na postura de se colocar na posição do servidor, seja o docente, seja o técnico administrativo. Todos são fundamentais para a Instituição e assim são tratados.  Foi muito bom sair dessa eleição com um grande apoio dos dois segmentos. Nossa gestão continua focada na valorização das pessoas. Nossas atividades, na melhoria dos espaços, capacitações, certificações dos saberes, remoção dos servidores, para que possam trabalhar mais próximos de suas residências, tudo isso é feito pensando nessa valorização de cada um dos servidores.      

O teletrabalho não é um bicho de sete cabeças, ele é, sim, uma possibilidade, que deve ser analisada, como cada setor pode se enquadrar etc. Claro, devemos garantir o cumprimento da legislação vigente, regulamentos institucionais e termos acompanhamentos e indicadores dessas atividades. Só assim será possível implementar essa inovação no IFRJ.

Como eu sempre disse, se a gente já era IFRjuntos, agora a gente vai muito mais juntos ainda, porque assim somos mais fortes. Agradeço demais o voto de cada servidor e servidora, cada estudante, que contribuiu diretamente para este resultado importantíssimo neste processo eleitoral, caracterizado pela ampla participação dos servidores. Os números nos mostram que o modelo usado no SIGEleições foi essencial para aproximar as pessoas, que puderam votar de casa, do local de trabalho, ou seja, aumentou e melhorou a democracia, a participação.

Ao fim desse processo, tenho a felicidade de ser o primeiro reitor reeleito do IFRJ Essa responsabilidade eu carregarei com orgulho, com dedicação com muito trabalho, para dar o melhor retorno a essa comunidade que tanto almeja um reitor que se preocupe com as principais demandas da nossa Instituição. Gente, os próximos quatro anos serão incríveis, de muito trabalho e de muitas realizações.   

 

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