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Jornada Marielle Franco debate direitos humanos

Mesa redonda sobre a trajetória de Marielle e a importância da luta pelos direitos humanos.

O grupo de pesquisa Interdisciplinar de Estudo de Culturas e Linguagens do campus Pinheiral promoveu o encontro “Jornada Marielle Franco”, no dia 28 de março. O evento trouxe debates a respeito dos direitos humanos, com discussões sobre feminismo, intervenção militar, política e outros temas. A Jornada fez referência, também, ao assassinato do estudante secundarista Edson Luís, em 1968. O estudante foi vítima da Polícia Militar (PM) durante uma manifestação estudantil na cidade do Rio de Janeiro.

Egresso do campus e representante do Observatório dos Direitos Humanos no Sul Fluminense, Bruno Cecílio fez parte da mesa redonda sobre a trajetória de Marielle Franco – vereadora e ativista assassinada no último dia 14 de março – e a importância da luta pelos direitos humanos. Estudante de Direito, Bruno defende que o Brasil não é um país sem lei ou “da impunidade” – mas sim um país de leis seletivas. Ele defendeu seu ponto de vista com números e relatos de histórias de vida. “Cadê Amarildo? Quem matou Marielle e Anderson Gomes? ”, questionou ele.

Luciana Miranda, pedagoga e militante política em Valença, também compôs a mesa. Ela falou sobre o projeto da cidade do Rio de Janeiro em que, segundo ela, há uma lógica empresarial voltada aos grandes eventos, em detrimento do atendimento às demandas da população.

A programação contou ainda com a participação do Departamento de Dança Ana Reis, do campus Rio de Janeiro. Durante as apresentações, foram mostrados os números alarmantes de violência contra a mulher no Brasil. Logo após, em uma roda de conversa, Dani Monteiro, ex-assessora de Marielle, falou sobre a crise de representatividade do país. Para Dani, a lógica de que “todo político é igual” e de que “não há jeito mesmo” faz com que o povo brasileiro desacredite da política e se afaste dela. “Com esse afastamento, eles podem aprovar o que querem aprovar,” disse, referindo-se aos representantes legislativos.

A professora Ivanete da Silva, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) do Rio de Janeiro, contribuiu para a roda com reflexões a respeito dos estereótipos de cores e papeis da sociedade atribuídos a homens e mulheres. Para Ivanete, esses estereótipos são heranças de períodos em que a mulher tinha somente a função de cuidar dos filhos e da casa. “Atualmente, [esses estereótipos] são ratificados com a separação de brinquedos, carinhos e bonecas, por exemplo”, complementou.

Já o Coletivo Mariana Criolla, de Volta Redonda – representado por Laiz Moreira e Gisele Costa – dividiu com o público a experiência de construir um movimento feminista. Os estudantes do campus relataram as dificuldades de fortalecer coletivos de discussões a respeito de negritude, feminismo, entre outros temas.

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