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A ministra das Mulheres Cida Gonçalves participa de eventos no IFRJ

O IFRJ recebeu no dia 10 de maio, na sede da Reitoria, no Centro do Rio, a ministra das Mulheres Cida Gonçalves, para a realização de uma palestra no evento Grandes Encontros: Programa Mulheres Mil e para a assinatura do protocolo de intenções da 7º Edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.

A ministra foi recebida pelo reitor do IFRJ Rafael Almada e pela equipe de pró-reitores da Instituição, além de diretores e outros servidores.

No primeiro compromisso da agenda, Cida Gonçalves esteve ao lado do reitor Rafael Almada, que também é vice coordenador do Fórum de Reitores das Instituições Públicas do Estado do Rio de Janeiro (FRIPERJ), na sala de reuniões da Reitoria. O objetivo foi a assinatura do protocolo de intenções da 7º Edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.

Rafael Almada agradeceu a presença dos representantes do FRIPERJ e falou um pouco sobre o Fórum de Reitores, que é presidido por Roberto Rodrigues, reitor da UFRRJ. “Depois que criamos o FRIPERJ conseguimos fortalecer muito as nossas ações, e foi no momento em que a gente mais precisava, na pandemia. Ali, a gente se fortaleceu, e entendemos que era preciso formalizar os processos”.

Roberto Rodrigues destacou a presença da ministra. “E fico muito feliz em ver que ela nos enxerga como um parceiro. O FRIPERJ surgiu num momento de grandes dificuldades, como disse Rafael, quando as instituições tiveram graves problemas tanto na pandemia, com seus efeitos, quanto na esfera política. E no final de 2022 fizemos a proposição da criação política do FRIPERJ”.     

A ministra Cida Gonçalves falou da importância desse espaço de diálogo, e disse que para seu ministério é um ponto estratégico. “Eu tenho feito um debate a nível de governo e com a sociedade. Nós precisamos avançar em algumas pautas essenciais. O processo de reconstrução do que significa a questão da mulher nesse país, por exemplo, pois não foi só a questão política, foi algo muito mais profundo, porque as mulheres saíram humilhadas, cansadas, violadas. Porque você mexe exatamente na questão dos valores, do sentimento. A grande questão ideológica que foi colocada nesses últimos anos se baseou nas mulheres, e começou quando na área de educação surgiu a história da ideologia de gêneros, algo que nunca existiu.  Tudo isso era uma forma de controle do pensamento, do corpo da mulher, do seu lugar. Nosso grande desafio agora é superar isso. E a gente não supera só com os movimentos na rua. Temos que superar no campo também do debate, da ciência, da pesquisa, por isso é tão importante esse momento e esse lugar. Precisamos discutir a política de cuidados, porque não podemos deixar de novo a mulher resolvendo cuidados. Precisamos dar a elas outros direitos. Não basta disputar orçamento, ir à câmara. Vocês aqui, representando as instituições, tem um papel estratégico nesse processo”, finalizou.

Em seguida, a ministra assinou o protocolo. Esse momento contou com a presença de reitores do FRIPERJ, equipe da Reitoria do IFRJ e também de Marta Rocha, deputada estadual PDT; Elika Takimoto, deputada estadual PT Rio e Jandira Feghali, deputada federal, PC do B, Rio de Janeiro, além de outros convidados.

imagem mostra a ministra, pro reitores, convidados políticos na varanda do 4 andar

   

 

Se nós queremos, nós podemos

A segunda parte da agenda foi dedicada à palestra da ministra no auditório do prédio da Reitoria, no evento Grandes Encontros: Programa Mulheres Mil.

Rafael Almada abriu os trabalhos afirmando que a presença de Cida Gonçalves era um presente para o IFRJ e para os alunos do Programa. Em seguida, Alessandra Paulom, pró-reitora de Ensino do IFRJ, ressaltou o momento de retomada do atual governo, depois dos eventos de 2016, que causaram diversos prejuízos para o povo como um todo e em especial para as mulheres. Disse também que a ministra é a pessoa certa para retomar a pauta do empoderamento feminino, para dar visibilidade e expandir os horizontes e as conquistas de cada mulher brasileira.

a ministra e alessandra Paulon
A ministra Cida Gonçalves e Alessandra Paulon

A ministra das Mulheres abordou diversos pontos relevantes para se entender o atual momento de reconstrução do Programa Mulheres Mil, elevando-o a outro patamar.

Cida Gonçalves disse que nos últimos anos o país passou por uma desconstrução não apenas das políticas, do que já havia sido alcançado. Ela afirma que foi algo maior e muito pior do que pode parecer a princípio, “eles nos destruíram”, afirmou. Mas Cida também lembrou das dificuldades em sua infância, quando sua mãe cuidava de cinco filhos, pois o pai trabalhava longe, de como ela sempre dizia para nunca desistir, para nunca abaixar a cabeça. “E essa lição foi de suma importância para passar por aqueles dias longos que vivenciamos a partir de 2016, quando resolveram tirar do Planalto a primeira mulher presidente eleita do país. Aquilo era uma mensagem para nós, como se dissessem “Saiam daqui. Esse lugar não é para vocês”. 

A ministra falou então da necessidade de resistir. “E resistir é algo que fazemos todos os dias, ao dizer não para a patroa, ao pegar ônibus as 4h da manhã passando por todo tipo de situação, ao colocarmos nossos filhos na escola, mesmo quando nem há condições para isso. Tudo isso é uma forma de resistência, e não fazemos isso por causa de salário, e sim porque esse espírito para resistir é o que nos constitui mulher”.

Rafael Almada, cida gonçalves e Alessandra Paulon na mesa de abertura do programa mulheres mil

A recuperação do programa Mulheres Mil, de acordo com Cida, é exatamente para que todos tenham a exata noção do que as mulheres querem e até onde irão para isso. “E se nós queremos, nós podemos. Essa é a mensagem”, destacou.

Cida Gonçalves garantiu todo o apoio necessário ao Programa, porque, de acordo com ela, este é um governo que acredita e investe nas mulheres. “O Mulheres Mil vem dentro dessa perspectiva de darmos condições para as mulheres, para que tenham acesso a tudo. E por isso estamos fazendo parceria com os Institutos Federais e com as universidades, porque precisamos entender que nós podemos estar de fato onde quisermos, para fazer o que nós quisermos. Mas precisamos ter certeza de onde nós vamos chegar, e precisamos de investimento para isso”.

A ministra lembrou que teve uma conversa com o ministro da Educação Camilo Santana e que a partir daquele momento os dois sentaram e começaram a escrever um novo capítulo na historia do Programa. “Porque a ideia é exatamente essa, fazer com que as mulheres, a partir de um programa de peso, que não é só a formação e capacitação profissional, nós precisamos ter acesso aos nossos direitos, porque na hora em que soubermos todos os nossos direitos, vamos brigar por eles. E não precisa que ninguém faça isso por nós. Nós mesmas faremos. Independente da idade e das condições, somos mulheres que podemos e vamos decidir as coisas.  Voltar para escola ou para onde quisermos. Ocupar os espaços, porque a mulher  pode, ela acredita, ela merece conquistar todos os espaços”.

imagem mostra a plateia em primeiro plano e ao fundo a mesa de abertura do evento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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