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Soluções objetivas para problemas reais

O programa nacional IFMais Empreendedor, com fomento da Setec e apoio do IFES, teve sete projetos do IFRJ aprovados em 2021. O programa tem como objetivo fomentar ações voltadas ao atendimento, apoio e orientação às micro e pequenas empresas que tiveram seus empreendimentos afetados negativamente pela Pandemia da Covid-19. Foi uma iniciativa voltada aos Institutos Federais. 

O IFRJ aderiu à chamada pública e fez uma seleção interna, através do edital interno 01/2021, de sete projetos para compor sua proposta institucional. Cada um desses projetos, tendo a obrigação, determinada pelo programa, de atender minimamente a cinco empreendimentos: dessa forma, a instituição ficou responsável pelo auxílio de, no mínimo, 35 empreendimentos.

O coordenador do programa, professor Filipe Santos, falou a respeito dos problemas e das soluções dos empreendedores. “Um dos pontos mais interessantes desse projeto foi poder observar as diversas expertises do IFRJ auxiliando os diferentes empreendimentos. Auxiliamos desde cooperativas de agricultores até casas geriátricas, passando por escolas e clínicas de fisioterapia. Também ajudamos microempreendedores da área de alimentação saudável, empresas especializadas em metrologia e empreendimentos que necessitavam de matéria prima para produção de EPIs”. 

De acordo com o coordenador, todos os projetos apresentaram propostas e conduziram ações que proporcionaram melhorias nos empreendimentos auxiliados. No total, foram mais de 35 empreendimentos atendidos. “Uma boa parte precisava de auxílio com relação ao marketing. Nesse caso, foram feitos trabalhos específicos de reestruturação de redes sociais e capacitação sobre essas ferramentas. Alguns empreendimentos também não tinham muito conhecimento sobre gestão de negócios e cálculos secundários relacionados aos seus ramos de atuação: quando essas lacunas foram identificadas, os coordenadores investiram no letramento desses empreendedores”, disse Filipe.

 Algumas soluções apresentadas:

* Auxílio na identificação da persona e público alvo - algumas clínicas de fisioterapia tinham dificuldade na captação de clientes por não estarem identificando corretamente seu público alvo. 

* Ausência nas redes sociais - Algumas escolas atendidas não tinham perfis nas redes sociais, tampouco faziam do marketing digital uma ferramenta para captação de novos clientes. Atuamos para suprir essa demanda, fazendo com que a escola pudesse se posicionar com mais autoridade nas redes e atingir novos potenciais clientes. 

* Economizando insumos - Alguns agricultores estavam utilizando quantidades inadequadas de fertilizantes no solo, gerando desperdício. Identificamos o problema e através de reuniões de capacitação e fornecimento de ferramentas tecnológicas, esses profissionais passaram a economizar recursos no plantio. 

Perguntamos sobre o impacto dos pesquisadores ao enfrentarem problemas reais, e como essa interação afeta a visão sobre a pesquisa aplicada. Filipe diz que os ganhos são incomensuráveis, pois o Programa atingiu diversas dimensões institucionais: docentes, discentes e cursos envolvidos. Os pesquisadores, juntamente com seus alunos bolsistas, puderam verificar in loco problemas que estavam acontecendo de verdade. Não eram simulações hipotéticas ou ponderações, explicou, eram pessoas e empresas reais que estavam vivenciando problemas reais. “Essa interação permite o estreitamento de laços entre o Instituto e a sociedade, possibilitando que problemas e demandas externas sejam trazidas para dentro da instituição e através de ferramentas de pesquisa e ensino sejam pensadas soluções para essas questões”. 

Além dos pesquisadores, segundo a avaliação do professor, os alunos foram impactados ao perceberem situações que não aparecem corriqueiramente em livros textos. Ele citou o relato de uma bolsista do programa: "participar do programa me fez vivenciar uma relação com minha futura profissão, e não apenas com os conteúdos acadêmicos relacionados a ela".   

Sobre o futuro, houve um consenso entre os coordenadores de que os projetos deverão continuar, mesmo após o fim do programa.  “Isso mostra o comprometimento desses servidores com a sociedade, bem como reforça um dos princípios da existência dos institutos federais: a pesquisa aplicada”, finaliza Filipe.    

A Agência de Inovação/PROPPI participou do evento de encerramento dos projetos, e Patrícia Ferreira, diretora de INOVAÇÃO do IFRJ, fez uma avaliação dos resultados obtidos. “Vimos como foram impactantes os projetos, pelo ponto de vista dos empreendimentos, mas também como uma experiência importante para os pesquisadores e dos alunos. Foi possivel perceber que ao trabalhar com problemas reais, de pessoas reais, as equipes apresentaram um crescimento profissional e uma nova visão sobre a pesquisa aplicada.

Conheça agora os 7 projetos aprovados:

Projeto 1: Utilização de um software desenvolvido por alunos do IFRJ campus Pinheiral para minimizar os custos da adubação orgânica - coordenador: Alexandre de Donato

Projeto 2: Rede Metrológica do Sul Fluminense - coordenadora: Nilmara Guimarães

Projeto 3: Incubando esperanças: assessoria e apoio econômico, social e ambiental a pequenos negócios - coordenadora: Lígia Bensadon

Projeto 4: Escola na Rede: da sala de aula para o YouTube - coordenador: Eduardo Seperuelo

Projeto 5: Desenvolvimento da rede de cadeia de suprimentos de empresas produtoras de EPIs -Integração da Oferta e Demanda - Coordenador: José Ricardo Júnior

Projeto 6: Telereabilitação pelo SIPREX: Sistema Inteligente de Prescrição de Exercícios e sensoriamento, baseado em inteligência artificial - coordenadora: Jaqueline Burigo de Sá

Projeto 7: Atenção à saúde na diabetes e hipertensão: aprimoramento do cuidado em saúde em tempos de pandemia do Covid-19 - coordenadora: Mira Wengert

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