Palestra apresenta os motivos do sofrimento da juventude contemporânea

Organizada pela Coordenação Técnico-Pedagógica (CoTP) em parceria com a equipe de Psicologia do campus Duque de Caxias, a palestra "Urgências subjetivas na adolescência: 'mimimi' ou sofrimento psíquico contemporâneo?" foi ministrada pelo professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fábio Malcher, no dia 24/07.

O encontro, destinado aos docentes da instituição, procurou clarificar a realidade do jovem contemporâneo, a fim de compreender como deve ser a abordagem do professor nas situações de instabilidade da saúde mental.

Fábio Malcher comentou que existe um desafio em tentar encarar a lógica em que os alunos estão inseridos, sabendo que os jovens de hoje procuram uma satisfação plena, absoluta e ininterrupta, apesar do medo de errar e de fracassar.

Professor da disciplina de História dos cursos técnicos do campus, Jaime Ribeiro explicou como age em situações como essa. “Procuro conversar com o aluno em particular, porque acredito que se o aluno tem uma postura em sala de aula e ela muda, tem algo relacionado à família ou a algum problema pessoal”, falou o docente, que afirmou, ainda, que vê bons resultados com aqueles que partilham suas dificuldades.

O palestrante destacou que outra forma de melhorar o desempenho escolar do discente é estabelecer uma relação entre o aluno e o conteúdo transmitido. “Tentar propor uma relação mais produtiva e saudável com o conhecimento favorece uma boa relação com o aluno. Se o aluno consegue perceber uma aplicação prática, isso ajuda”, disse Malcher.

Fátima Vieira, psicóloga do campus, explicou de onde veio a ideia de ofertar a palestra. “Pensamos em desenvolver esse tema muito em função da realidade vivenciada no cotidiano, em que aparece um quantitativo significativo de alunos num estado de sofrimento psíquico bastante intenso”, salientou.

Outro objetivo que os organizadores do evento pretendem alcançar é a mobilização da comunidade em geral para compreender que o sofrimento existe e não pode ser visto como “frescura” ou “mimimi” da juventude contemporânea.

Colaboração: Pedro Henrique da Silva Pereira