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Pesquisadores do IFRJ anunciam Totem de Autoatendimento para medição de temperatura

O retorno gradual ao convívio social, que se traduz na volta ao funcionamento do comércio em geral, é uma realidade que implica na adoção de medidas de proteção para a população e trabalhadores dos locais visitados. Uma dessas medidas é o uso de termômetros por infravermelho na entrada dos estabelecimentos. Mas, de acordo com o professor e pesquisador do Campus Niteroi Luiz Felipe Oliveira, esses equipamentos, de modo freqüente, são utilizados de forma equivocada. 

Pensando nesse problema, pesquisadores do IFRJ desenvolveram um totem de autoatendimento que é capaz de fazer a medição da temperatura corporal de forma confiável e automatizada. A solução desenvolvida pelos pesquisadores detecta a presença humana na frente do totem e inicia uma bateria de testes antes de fazer a medição da temperatura.

Luiz Felipe explica que quando alguém se aproxima do totem, a primeira tarefa do equipamento é estimar a altura da pessoa a ser verificada. Essa medida, segundo ele, é importante, pois o totem é capaz de movimentar seus sensores através de um eixo linear motorizado, adequando-se a pessoas de diferentes estaturas. “Uma importante premissa adotada neste projeto é o seu caráter inclusivo. Diferente de outras soluções já propostas, o nosso totem é capaz de se adaptar e fazer a medição de temperatura de forma confiável e automatizada para diferentes grupos de pessoas, incluindo crianças, cadeirantes etc”, diz o professor.

 

Niteroi, Volta Redonda e Pinheiral juntos

O desenvolvimento do totem faz parte de um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por pesquisadores dos campi Niterói, Volta Redonda e Pinheiral, que conta também com a parceria de um pesquisador da Universidade Federal Fluminense. O projeto em questão foi contemplado com fomento pelo Edital Conif 1/2020 dedicado ao enfrentamento da pandemia de coronavírus com o projeto: "Desenvolvimento de aparatos tecnológicos de monitoramento de sinais vitais e geolocalização para controle e acompanhamento de COVID 19".

 A medição de temperatura corporal sem a necessidade de contato físico é feita através de termômetros capazes de detectar a radiação infravermelha (calor) quando são aproximados e direcionados a alguma área do corpo humano. Luiz Felipe explica que quando se deseja monitorar sintomas febris, o equipamento deve ser apontado para a testa do paciente. “Se o termômetro é apontado para outras regiões do corpo, como as mãos ou pulsos o seu uso acaba não sendo eficaz para o fim proposto. A temperatura medida na superfície do pulso das pessoas é cerca de 3°C inferior a da testa e portanto o pulso não serve para detectar o estado febril”.

A solução desenvolvida pelos pesquisadores do IFRJ identifica a localização da testa do paciente e realiza todo o procedimento de medição sem a necessidade de intervenção humana. “A automação deste processo de medição, e o uso de um sensor de alta precisão, indicado para aplicações clínicas, são características que garantem eficiência e segurança no processo de medição da temperatura corporal. Este sensor foi caracterizado e calibrado no Laboratório de Metrologia do IFRJ Campus Volta Redonda”, diz Nilmara Guimarães, professora e pesquisadora do campus Volta Redonda.

Uma diretriz básica adotada pelos pesquisadores foi o desenvolvimento de uma solução de baixo custo que pudesse ser replicada em larga escala. Os pesquisadores desenvolveram o protótipo utilizando itens reciclados e plataformas abertas de prototipação eletrônica e, apesar disso, o equipamento cumpre com elevados requisitos de confiabilidade e conectividade, que corroboram a robustez do produto desenvolvido. “O totem desenvolvido conta com uma rede própria que integra mais de seis sensores, que podem atuar localmente e também conectados à internet, permitindo a divulgação em tempo real da ocorrência de potenciais sintomas febris, bem como a assiduidade das pessoas na realização do procedimento de verificação e sanitização”, diz Gilmar Gonçalves, professor e pesquisador do Campus Volta Redonda. Além de fazer a medição de temperatura, o totem criado faz a aspersão de álcool em gel e permite controlar quais pessoas estão realizando o procedimento com a frequência necessária.

O totem está em estágio avançado de desenvolvimento, e a próxima versão que está sendo preparada, contará com recursos de visão computacional, que permitirá a identificação facial e verificação do uso da máscara de forma totalmente automatizada. É prevista a realização de um piloto em diversos campi do IFRJ, que permitirá a evolução do produto e também contribuirá com a saúde e segurança de alunos, servidores e demais usuários de nossas instalações. Os processos administrativos para aquisição dos insumos necessários para realização do piloto já foram abertos e contam com o apoio da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração para realização dos devidos trâmites.

A solução desenvolvida pelos pesquisadores se mostra relevante até mesmo em um cenário pós-pandemia, pois a necessidade de detecção de potenciais sintomas febris, identificação facial e sanitização tende a ser uma preocupação permanente. 

 

Participam deste projeto os seguintes pesquisadores (em ordem alfabética):

Eudes Pereira de Souza Júnior (IFRJ)

Gilmar Gonçalves de Oliveira (IFRJ)

Luiz Felipe Silva Oliveira (IFRJ)

Nilmara Almeida Guimarães (IFRJ)

Roberto Pires Silveira (IFRJ)

Weslley Luiz da Silva Assis (UFF)

Wysllan Jefferson Lima Garção (IFRJ)

 

Colaboração: Luiz Felipe Oliveira

Na foto de abertura: Gilmar Gonçalves, Nilmara Guimarães e Luiz Oliveira
Foto: Jonas Lemos

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