O PIBID em tempos de pandemia: desafios e possibilidades da aprendizagem do fazer docente

Com o objetivo de divulgar e socializar os resultados obtidos no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), O VIII Encontro Pibid aconteceu na terça-feira, 12/04, com transmissão ao vivo pelo YouTube do IFRJ. 

O tema do evento foi “O Pibid em Tempos de Pandemia: Desafios e Possibilidades da Aprendizagem do Fazer Docente”. O encontro possibilitou a troca de ideias, saberes e fazeres docentes e contou com a participação de supervisores, coordenadores de área, professores e estudantes de licenciaturas participantes do Pibid-IFRJ.

Vanessa de Souza Nogueira, coordenadora institucional do Pibid, contou acreditar que o edital 2020/2022 ficará marcado na história do programa. “Pela primeira vez, tivemos que repensar todas as nossas ações para o ensino remoto devido a pandemia de Covid-19. Sim, seria muito bom se tivéssemos tido este Pibid de forma presencial, mas também acredito que o formato remoto foi uma opção segura e possível dentro da nossa realidade social e acadêmica”, afirmou. 

Ainda de acordo com Vanessa, o início do programa aconteceu com muitas dúvidas sobre como o Pibid seria feito de forma remota, mas com a colaboração de todos os envolvidos no programa, parte dessas dúvidas foram, aos poucos, transformadas em descobertas e aprendizados. “A nossa equipe de coordenadores teve que repensar como desenvolveria os subprojetos que foram planejados para acontecer de forma presencial e os supervisores trouxeram para o Pibid informações importantes sobre a realidade escolar e como poderíamos interagir de forma remota com os alunos das escolas que fazem parte do programa. O trabalho em equipe entre coordenadores, supervisores e licenciandos proporcionou momentos de planejamento, execução, discussão e reflexão sobre as atividades”, enfatizou a coordenadora.

A pró-reitora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, Alessandra Ciambarella, disse ter clara certeza de que é através de programas como o Pibid que o IFRJ realizará o grande desafio de extensionalizar o currículo. “É fundamental aprendermos com essa experiência trazida pelo Pibid, pelo Residência Pedagógica, pelo Pet e por outros tantos programas em que nós temos inúmeros professores vinculados, como esse processo consegue desenvolver um movimento de curricularização da extensão, eu prefiro extensionalização do currículo, ao encurtar cada vez mais o espaço entre a tríade ensino-pesquisa-extensão. São nesses programas que a gente vê o exercício indissociável do ensino, da pesquisa e da extensão. E eu acho que isso é fundamental para que a gente possa também, nesse momento em que o Instituto de um modo geral tem as suas 22 graduações, dentre elas nove licenciaturas, em pleno processo de reflexão sobre a extensionalização do currículo, a gente poder aprender com as experiências, não só das nossas licenciaturas, mas especialmente do Pibid e de tantos outros programas”, avaliou.

Alessandra ainda opinou que a pandemia foi a principal força motriz para mudar uma cultura escolar que existe no país desde o século 16. “A gente rompe o papel da sala de aula como centro o único de escolarização, do livro didático, da lousa, e ressignifica todos esses componentes, todas essas características, sem perder de vista que essa relação professor/estudante, em última instância, sempre vai existir. A despeito de um processo claro de ‘uberização’ e de ‘appzação’, que representam perda de qualidade para nossa educação, termos a possibilidade de, diante desse desafio de uma pandemia, entrarmos em modelo remoto sem perder essa relação estudante/professor é fundamental para que a gente possa resistir existindo enquanto escola, enquanto instituição que produz relações sociais e saberes”, destacou.

Confira aqui o vídeo com a Mesa de abertura e a Mesa de conferência com palestrantes convidados.