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Projeto oferece acolhimento psicológico aos alunos do campus Nilópolis

Com o objetivo de ajudar os discentes do campus que necessitam de atendimento psicológico, foi criado o Centro de Ação Psicossocial do Instituto Federal do Rio de Janeiro (CAPIF) do campus Nilópolis. O programa surgiu pela demanda dos alunos, que buscavam o auxílio da psicóloga do campus, Ana Cristina Lacerda. A profissional deu início às atividades do CAPIF em abril de 2019.

O projeto surgiu de uma parceria entre Ana Cristina e sua amiga e também psicóloga Fernanda Gonçalves (doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e coordenadora de Psicologia da Universidade Estácio de Sá – Unesa). Ana Cristina contou que, em uma conversa com Fernanda, perguntou se a amiga poderia receber esses alunos no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Unesa. Daí surgiu a ideia de criarem o projeto CAPIF no campus do IFRJ.

Ana afirma que a população jovem está, de fato, adoecida e que esse adoecimento é notório em muitos pontos onde esses jovens estão. “O CAPIF é uma tentativa de poder dar o suporte quando a gente recebe o aluno, porque aqui não podemos tratar, mas quando vemos essa necessidade do tratamento, tem a porta aberta pelo CAPIF lá na Estácio. A equipe da Fernanda recebe o aluno e faz a avaliação diagnóstica e o tratamento”, relatou.

Ao ouvir relatos de tristeza, pensamentos negativos, desânimo e ansiedade por parte dos alunos do campus Nilópolis, o diretor de Ensino Médio e Técnico, Thiago Matos Pinto, disse que sentiu a necessidade de criar estratégias para um acolhimento mais profundo para os alunos do campus. “A saúde mental é muito importante para todos nós e muitos alunos sentem a necessidade de escuta e acolhimento. Um dos meus objetivos à frente da Direção de Ensino do campus é estabelecer o acesso incondicional dos alunos ao Gabinete das Direções de Ensino e seus serviços de pedagogia e psicologia”, disse Thiago.

A psicóloga Fernanda Gonçalves afirmou que o acompanhamento psicológico é de extrema importância, pois a adolescência é um momento de muitos conflitos e normalmente eles acontecem no ambiente escolar, que também é um ambiente de muita pressão e muitas responsabilidades. “É frequente termos comportamentos disfuncionais dentro do ambiente escolar e aí a Psicologia auxilia. No entanto, em muitas vezes a história de vida do próprio aluno contribui para que ele desenvolva uma psicopatologia ou um comportamento disfuncional. O nosso projeto na Instituição auxilia a fazer uma triagem e investigar essa demanda”, contou.

Fernanda explicou ainda que, às vezes, a fala do aluno é de ansiedade, o que não sugere uma necessidade de psicoterapia. “Através dessa escuta é feita uma triagem. A partir disso, havendo uma necessidade, o aluno é orientado a procurar o Serviço de Psicologia Aplicada na Unesa campus Nova Iguaçu. Lá eles são recebidos com atendimento individual ou com a psicoterapia de grupo. Então essa triagem, além de servir como uma psicoterapia breve do sofrimento psíquico, também nos auxilia na triagem de quem tem a necessidade de um acompanhamento psicológico”, completou a psicóloga.

Caroline Aranha, aluna de Psicologia do 8º período da Unesa e estagiária do CAPIF, disse que esse projeto tem feito seus olhos abrirem para novos horizontes e para a possibilidade de trabalhar na área escolar e acadêmica. “Além de estar sendo muito importante para mim como estagiária, me sinto engajada e comprometida a melhorar o projeto e promover saúde dentro do campus, através de informação e facilitação de atendimento psicoterapêutico”, contou.

Clarisse Carvalho, também aluna de Psicologia do 8º período da Unesa e estagiária do CAPIF, disse que é bom estar lidando com o real e que é uma experiência muito enriquecedora. “No meu primeiro dia de plantão aqui já teve uma emergência, foi um susto! Eu cheguei no meio do acontecimento, mas fui lá e conversei com a menina. Não adianta ficar na faculdade só lendo livro e estudando, pois o mundo está acontecendo da porta para fora”, ressaltou.

Para ser atendido no CAPIF não existe necessidade de agendamento. Os alunos que sentirem a necessidade de atendimento devem procurar a Coordenação Técnico-Pedagógica (CoTP) ou entrar em contato através do e-mail capif.cnil@ifrj.edu.br. Inicialmente, será preenchida uma ficha com informações pessoais. Vale lembrar que no campus é feito somente o acolhimento: o aluno será ouvido e receberá aconselhamento em relação ao que deverá fazer. Os atendimentos são de segunda-feira a sexta-feira, das 11h às 14h e das 16h às 19h.

Colaboração: Camilla Fonseca

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