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Tem samba, sim senhor

“Quem não gosta de samba bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”, já cantava Dorival Caymmi em “Samba da minha terra”. E foi no ritmo de um dos gêneros mais populares da música brasileira que o Campus Rio de Janeiro recebeu, no dia 28 de novembro, o “5º Seminário Tem Samba na Academia. Samba: resistência e transformação”.

Ao longo do dia, foram realizadas mesas de debates, lançamentos de livros e do documentário “Rosa Magalhães: a moça prosa da avenida” – que fala da vida e obra da artista, cenógrafa, figurinista e carnavalesca oito vezes campeã dos carnavais carioca –, produzido por Luiz Ricardo Leitão, professor e biógrafo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

O diretor de Extensão Comunitária e Tecnológica da Pró-Reitoria de Extensão, Julio Page, contou que o seminário foi pensado e produzido com muita alegria. “O samba, assim como outras manifestações da cultura popular, precisa ser debatido dentro das instituições de ensino”. E ainda completou. “É coisa nossa, traduz muito do que somos e como vivemos. Recebemos vários representantes do mundo do samba no Instituto. Fico muito honrado em ver o IFRJ protagonizando este tipo de discussão importante e necessária”, afirmou.

Na segunda mesa de debates do dia o tema foi “O renascimento do samba enredo”. Mediada pelo compositor, cantor e ex-professor do IFRJ, Ernesto Pires, e tendo como palestrante o pesquisador e escritor Diogo Cunha, nela foi tratada a evolução do samba enredo.

Ernesto disse que nos primeiros 20 anos de evolução do samba enredo, houve uma transição entre o samba de terreiro e aquele. “Temos duas características importantes: a primeira foi a transformação musical desse samba improvisado em um samba efetivamente que tivesse a marca do samba enredo; a segunda é o que acontece depois, que foi, de fato, o samba enredo traduzir o enredo ali proposto. Esses são os dois eixos que a gente tenta avaliar”, explicou.

A professora Aline Oliveira, coordenadora do Projeto de Extensão Oficina de Ritmistas e produtora do evento, relatou que a experiência foi de aprendizado e bastante enriquecedora. “Ficamos muito felizes e honrados com a realização desse evento na Instituição, com debates proveitosos acerca do samba. Sua valorização, resistência histórica, bem como seu papel transformador, são muito importantes para a cultura do Rio de Janeiro e do Brasil”, enfatizou.

Pesquisadora do samba, professora de História e mestranda em Educação na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) na unidade acadêmica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Amanda Souza falou da gratificação que foi participar deste evento que fomenta o diálogo sobre o samba. “Esta edição no IFRJ me fez vislumbrar outras possibilidades de fazer chegar à juventude que nos cerca um pouco mais da nossa ancestralidade que tem no samba. O poder transformador desse ritmo se dá quando o levamos a todo e qualquer lugar. Salve a educação e viva o samba!”, finalizou.

Colaboração: Fernanda Monteiro

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