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Trabalho, amizade e resultados da Mobilidade Internacional

A mobilidade internacional, através do Programa Erasmus Staff Training, com fomento do União Europeia, trouxe duas representantes lusitanas para uma estadia de 7 dias no IFRJ. Regina Matos e Bianca Motta tiveram a oportunidade de conhecer as atividades desenvolvidas e trocar informações com servidores do Instituto.

As técnicas do IPP foram recebidas no dia 7 de junho na sala de reuniões do prédio da Reitoria. Na ocasião, pró-reitores e diretores apresentaram a história do IFRJ ao longo do tempo, os campi e um pouco de como funciona a estrutura da Instituição. No período da tarde foi a fez de Juliana Santos, coordenadora-geral de Comunicação e de Felipe Verdan, diretor de Gestão Acadêmica, fazerem uma apresentação mais detalhada e tirar duvidas eventuais.

imagem mostra o interior de uma van. em primeiro plano estão as duas convidadas, e nos bancos de trás estão 3 integrants da cgcom, e na ultima fileira, o coordenador geral de relações internacionais e o diretor de gestão academica
Bianca (e) e Regina(d) gostaram do que viram no Rio

Bianca Motta é Tecnica Superior da área da Comunicação – Campus 2 do Instituto Politécnico do Porto, constituído pela escola superior de arte e design e pela escola superior de turismo, com cerca de 5 mil estudantes. Ela trabalha com uma pessoa na parte de design e outra na parte de audiovisual, que não fazem só a comunicação, porque atuam na parte dos cursos específicos, como produção em vídeo, dando apoio aos estudantes em seus projetos.

A técnica, que fez seu intercâmbio na CGCOM para conhecer o método de trabalho dos servidores, falou sobre sua percepção.  

De acordo com Bianca, um ponto que ela julga muito importante e perceptível em quase todo o mundo são as técnicas de trabalho, as metodologias. “E era exatamente por isso que eu queria ter essa experiencia aqui, pelas particularidades de sermos muito próximos a nível de relações políticas, sociais e culturais. Percebi então que à primeira vista nós somos bem parecidos, já percebi que é comum nos dois países a redução de recursos humanos e que isso causa alguns problemas na parte da Comunicação”, disse.

A principal diferença segundo a técnica do IPP se refere à forma como a comunicação está organizada. “Aqui no IFRJ existe uma divisão das tarefas, núcleos específicos, e em Portugal não se trabalha dessa maneira no gabinete. Particularmente, gosto do modo como vocês trabalham, porque acaba por responsabilizar e dar uma autonomia aos profissionais de uma forma diferente. E também acho mais desafiante, porque assim sentimos que nosso trabalho tem um lugar. Porque em Portugal, como todo mundo faz um bocadinho de algo, é mais difícil apurar responsabilidades, ter essa autonomia, esse orgulho do trabalho que se faz. Aqui os jornalistas assinam suas matérias, isso é uma grande diferença”.

A outra técnica é Regina Matos, que trabalha no IPP há 22 anos e há 12 está na área acadêmica. No campo das diferenças entre o IPP e o IFRJ, ela ressaltou que os processos seletivos daqui não estão na área acadêmica, o que é algo que para eles é um processo estrutural. “O processo seletivo é feito por nosso serviço, lá. Em termos de similitude, em termos de graus, percebi que temos mais correspondência de graus do que aquilo que eu pensava inicialmente. Temos também a questão do exame nacional, que vocês tem aqui, inclusive nós aceitamos estudantes internacionais com o ENEM daqui, que não tem que passar por exames nacionais portugueses”. A técnica chamou atenção para outro detalhe “ Achei curioso o fato de ter nos institutos federais o ensino médio e técnico incorporado. Em Portugal temos os dois sistemas, o ensino secundário e o ensino médio separados. Inclusive, pertencem a ministérios diferentes. Temos ensino médio profissional, separado do ensino superior”.    

O trabalho de Regina envolve a coordenação com as secretarias acadêmicas dos campi e com as escolas integradas aos campi. “Temos 3 campi: 5 escolas no campus 1, no polo universitário do porto; 2 escolas no campus 2, e 1 escola no campus 3. Nós fazemos a articulação a nível das secretarias acadêmicas das escolas, temos atendimento ao público, tratamos de pedidos de reconhecimento de grau, e diplomas estrangeiros, temo a parte de processos seletivos, e produzimos e revemos a regulamentação na área acadêmica”.

Regina explica que trabalha com regulamento únicos, que são aplicáveis a todas as escolas. “As regras são uniformes em todas as escolas, os critérios são os mesmos. Os alunos que se candidatam uma vaga no IPP, ou a mais do que uma, sabem que a regra não vai ser diferente naquela escola.  Na questão da gratuidade, diferente de vocês, nós temos uma parte do custo do aluno que é suportado por ele, e não pelo estado. Nós fazemos essa gestão da anuidade dos alunos e do financiamento”, disse.

imagem mostra as convidadas, a equipe da cgcom e representantes do campus paracambi. todos estão em pé, olhando para a camera. Estão posando numa estrada dentro do bosque

As duas técnicas também visitaram o Campus Paracambi, o que causou muito interesse em ambas. “No caminho para o Campus Paracambi, que em termos de distância geográfica não há comparação. Estamos falando de uma escola muito maior do que a nossa. Achei muito interessante terem aproveitado um edifício da fábrica textil para fazer o campus. Algo histórico e de uma realidade totalmente diferente. É belíssima toda a parte exterior do campus”, destacou.

 

O Rio de Janeiro continua lindo?

As técnicas também tiveram a oportunidade de conhecer alguns locais turísticos na cidade maravilhosa, o que provocou admiração e reflexões. “Olha, o Rio para mim é muito mágico, e muito diferente de tudo que poderíamos esperar, por conta do que se diz a respeito de violência etc. A questão da língua, por exemplo, é importante, e nossas redes históricas se tocam em diversos aspectos. Os brasileiros parecem levar a vida ‘de boa’, e nós portugueses, no fundo temos essa essência, mas somos muito mais contidos. Talvez pelo contexto em que estamos inseridos na Europa. Muitas influencias dos outros países da União Europeia. Claro que aqui existe essa questão muito séria dos problemas sociais, que não é algo só daqui, todas as grandes metrópoles possuem. Mas esses choques sociais daqui são mesmo bem marcantes”, avaliou Bianca.

foto mostra o grupo de tres pessoas da cgcom e a convidada Bianca posando em um pequeno muro no par das ruinas. atras estão a baia de guanabara
Parque das Ruínas: Memórias do outono carioca

Já Regina disse que “O Rio superou minhas expectativas, eu vinha com um certo receio, como seria em qualquer cidade grande, pelas notícias etc. Mas confesso que desde que cheguei não senti absolutamente nada disso. As pessoas são muito calorosas, fui muito bem recebida, a comida daqui é fantástica. O clima está muito agradável. Estar aqui supera em muito o que vemos do Rio em fotos e imagens. É uma experiência sensorial incrível. Dos locais em que estive, o que mais me e impressionou foi o Cristo Redentor, apesar de ele ser menor do que eu imaginava (rsrsrs). Achei pequenininho. A praia de Copacabana tem aquela coisa que para nós é muito característico, que é o cheiro da maresia. Fiquei com vontade de vir conhecer outros lugares aqui no Brasil. Eu fiz mobilidade em outros países da Europa e devo dizer que realmente não há comparação. Vocês são muito agradáveis, eu me senti em casa”.

Para finalizar, Rodrigo Lemos, coordenador geral de Relações Internacionais falou sobre a visita. “Receber pessoas de outros países, em especial de Portugal, pelos laços historicos, é de grande valia para nós do IFRJ.  Acredito que além de ter impactado a Bianca e a Regina, também nos impacta positivamente, porque internacionalização tem essa capilaridade de marcar a diferença na igualdade, faz parte do processo da construção do indivíduo pelo viés multicultural. Acredito que todos ganharam bastante, e o IFRJ dá um passo a mais no seu processo de internacionalização, o que nos deixa bastante feliz".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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