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Vacina é essencial para o combate ao novo Coronavírus

Profissionais da Educação devem procurar os pontos de vacinação para garantirem suas doses

Qual o papel das instituições de ensino, dos servidores e terceirizados que a integram, no combate à desinformação? O início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil trouxe um ar de esperança, mas ao mesmo tempo reacendeu o debate sobre a importância das vacinas para o controle de doenças.

Frente ao excesso de notícias falsas e da negativa de uma parcela da população brasileira quanto ao caráter de imunização da vacina contra o coronavírus, é preciso entender melhor esse cenário, esclarecer nossas dúvidas e compartilhar dados científicos sobre o tema.

De acordo com Ana Paula Fernandes, enfermeira na Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), ao longo dos séculos, a ciência nos prova que a vacinação é necessária para controle e a erradicação de doenças no mundo todo. “Podemos citar, como exemplo, a poliomielite, doença contagiosa que causa paralisia infantil. No Brasil, o último caso registrado ocorreu em 1989, sendo sua erradicação fruto de intensas campanhas de vacinação em massa. A humanidade já passou por outras pandemias, semelhantes à que estamos vivenciando agora, e a história nos mostra a dificuldade de nossos ancestrais de se conseguir respostas rápidas e eficazes para debelar agentes infecciosos. Atualmente, temos em nosso favor o avanço da medicina e da tecnologia voltadas para o controle desses agentes, nos possibilitando a criação de vacinas contra o coronavírus em tempo recorde”, explicou a profissional, que disse ainda é como se já tivessem descoberto a “receita do bolo”: “Adaptar os ingredientes para um novo bolo é mais fácil e mais rápido do que começar a pensar na receita sem nenhum parâmetro anterior”, exemplificou.

Mas por que é tão importante se vacinar? Ana Paula explica: “O vírus precisa do organismo humano para se multiplicar e aprender a se defender de nós humanos, para que possa se perpetuar. A isso chamamos de mutação. O vírus consegue modificar o seu código genético porque aprendeu a se defender do nosso sistema imunológico. Por isso escutamos, por vezes, nos noticiários que surgiu uma nova variante que preocupa os cientistas. Porque não se sabe se as ferramentas que dispomos para lutar contra o vírus modificado são adequadas ou se a mutação que ele sofreu é mais agressiva ao nosso organismo, menos sensível ao tratamento e se a vacinação continuará eficaz. Com a vacinação, ensinamos ao nosso organismo a se defender do inimigo, construindo armas potentes e certeiras contra o vírus”, disse. Ainda de acordo como a enfermeira, fazendo uma analogia, o organismo com a vacina funciona como um sniper, que acerta o alvo porque tem as ferramentas certas para atacar e a chance de erro é pequena. “Sem a vacina, nosso organismo primeiro precisa reconhecer o inimigo, voltar para a base e avisar a tropa, que vai produzir ferramentas adequadas para lutar contra o inimigo. Até conseguir ‘posicionar o sniper’, o inimigo já tomou conta do campo de batalha”, afirmou. 

A enfermeira enfatizou que as vacinas contra o coronavírus têm se mostrado eficazes no combate às formas graves da doença. “Isso quer dizer que, mesmo que você seja contagiado, a chance de você precisar de hospitalização e morrer é baixa. Isso porque o nosso organismo conseguirá combater o vírus em tempo recorde a ponto de sentirmos, na maioria dos casos, apenas uma leve indisposição. Com essa resposta rápida, o vírus não tem tempo de usar o nosso organismo para se multiplicar, a chance de transmissão da doença diminui porque a quantidade de vírus circulante no nosso organismo é baixa e a chance de sofrer mutações genéticas também diminui porque o vírus morre antes de conseguir reagir. E assim, conseguimos vencer essa guerra”, disse. Mas, para isso, Ana Paula destaca que é preciso que todos se conscientizem da importância de se completar o esquema vacinal: “Se a vacina pede duas doses, precisamos tomar as duas doses no tempo indicado pelo fabricante. O acesso gratuito à vacinação é um direito nosso, conseguido por aqueles que nos antecederam e que lutaram para que hoje pudéssemos gozar desse benefício. Em prol da nossa saúde e daqueles que nos são queridos. E das gerações futuras que perpetuarão nossa existência. Quando chegar a sua vez, vacine-se!”, pediu.


Rodrigo Lemos, professor do Campus
Duque de Caxias

Vacinados! - Rodrigo Lemos, professor do Campus Duque de Caxias e coordenador de Relações Internacionais do IFRJ, enfatizou a importância dos servidores da educação darem o exemplo para a comunidade. “A gente aprendeu ao longo da história e com a escola, que a vacinação é a forma mais eficaz na prevenção de doenças. A gente se vacina não só para se proteger, como a gente faz também para proteger a comunidade ao redor. É o nosso dever como cidadão tomar vacina contra a covid-19 para conscientizar outras pessoas através da nossa figura de profissional da educação a também fazerem a sua parte para sairmos dessa”, disse.

O servidor do Campus Rio de Janeiro Eduardo Martins também já garantiu sua vacinação e destacou que, além da saúde física, a imunização faz bem também para a saúde mental. "Para mim, a vacinação é fundamental. Porque quando começou a pandemia, eu entrei numa crise de ansiedade muito forte, eu tinha muito medo até de sair no corredor da minha casa. Durante o período da pandemia, eu tive que fazer um tratamento e estou me tratando até hoje com um psicólogo. Depois da vacina, eu realmente me senti bem melhor, bem disposto, corajoso e com vontade de viver e tentar ajudar as pessoas a viverem melhor do que antes”, contou Eduardo, que completou ainda que aprendeu muito ficando em casa: “mas com auxílio da minha família e desse psicólogo, que colaborou bastante, mais a companhia dos gatinhos aqui na minha casa. Porque, se não fosse por tudo isso, eu realmente não estaria aqui hoje para contar a história. Agradeço pela vacina e salve o SUS!”. 

Verônica Trindade Marques, assistente administrativa no Campus Arraial do Cabo, contou que se vacinou com a 1ª dose no dia 08 de junho de 2021, no próprio campus. “Estava super ansiosa para esse dia. Chegar perto da minha mãe sem ser um perigo pra ela só será possível vacinada com as duas doses e, por enquanto, estou só no meio do caminho. Os últimos muitos meses têm sido de muito medo, indignação, perdas e tristeza. E ver a vacina chegando para os que eu amo traz uma esperança de normalidade, que há muito tempo eu não conseguia sentir”, afirmou. A servidora destacou que a melhor reação que a vacina pode dar é a esperança. “Qualquer outra reação passa em poucas horas. O sentimento de estar vacinada é uma mistura de todos os melhores sentimentos que a humanidade possui! Agora, que venha a 2ª dose para que possamos fazer reuniões, atendimentos a alunos, confraternizações, tudo presencialmente!”, finalizou.


Verônica Trindade, assistente administrativa no
Campus Arraial do Cabo

Manutenção dos protocolos de higiene - É importante destacar que é preciso manter os protocolos de higiene (uso de máscara, álcool gel, distanciamento social e etc) contra a Covid-19, mesmo após a vacinação. As vacinas não conferem proteção imediata, pois é necessário um certo tempo para estimular o sistema imune. Além disso, é necessário completar o esquema de número de doses previstas para cada vacina. Mesmo com o número de doses completos, as eficácias das vacinas não chegam a 100%, sendo possível o adoecimento, mesmo que numa frequência muito menor, de indivíduos vacinados. O que só poderá ser melhor controlado quando houver elevada cobertura vacinal, ou seja, grande proporção da população vacinada. Além disso, é preciso conhecer um pouco melhor a atuação das vacinas na prevenção de infecções assintomáticas, que é quando o indivíduo vacinado não adoece, mas pode pode portar o vírus e transmitir para os seus contatos desprotegidos. Dessa forma, apesar de todo o benefício trazido pela introdução da vacinação contra a Covid-19, ainda é necessário manter os cuidados gerais, como distanciamento social, uso correto de máscaras, lavagem de mãos e uso de álcool gel frequentemente.

Caso tenha alguma dúvida sobre a vacina ou deseje mais informações sobre o assunto, entre em contato com a Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST) através do e-mail cst@ifrj.edu.br.

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